Co-fundador dos Simpsons compra fazenda que matava chinchilas para fazer casacos e liberta os animais
Sam Simon é co-fundador de uma das mais famosas séries de animação do mundo e há décadas recebe – apenas em royalties – cerca de U$ 30 milhões por ano (algo em torno de R$ 60 milhões). Aos 59 anos, tem dedicado sua vida a ajudar famílias em vulnerabilidade social oferecendo refeições veganas através de sua fundação, em Los Angeles (EUA), e está cada vez mais ligado à causa animal.
Para os animais, Sam dedica talvez a maior parte de seu trabalho. Além de ter um abrigo especializado no resgate e tratamento de animais abandonados, ele é um fiel parceiro de grandes ONGs como PETA e Sea Shepherd.
Infelizmente, no final de 2012 Sam Simon foi diagnosticado com a mais temida das doenças: o câncer. Além de deixar público que toda sua fortuna será destinada a ações de caridade para animais "humanos" e não humanos, Sam tem feito muito pelos animais no final de sua vida.
Na última terça-feira (19), Sam foi até San Diego, ao sul da Califórnia, com integrantes da PETA e comprou uma fazenda que criava chinchilas para matá-las e vender sua pele para a fabricação de casacos. A fazenda funcionava desde 1966 sob o pretexto de comercializar chinchilas apenas como animais de estimação, mas uma investigação da PETA gravou a esposa do dono da fazenda confessando que matava chinchilas para vender a pele. Ela chegou a mostrar uma das peles para o investigador da PETA, que estava com uma câmera escondida. A idosa ainda brincou dizendo que não poderia falar para todo mundo que vendia as peles por causa da polêmica envolvida no negócio.
Para um único casaco de pele de chinchila são mortas cerca de 250 animais. A fazenda estava ativa há quase 50 anos e certamente centenas de milhares de animais foram mortos lá. O investigador da PETA também conseguiu gravar a dona da fazenda e seu marido, de 90 anos, confessando que não havia nenhum cuidado veterinário no local. Quando uma chinchila tinha um machucado em uma das pernas, por exemplo, eles mesmos imobilizavam o animal em uma pequena tábua e cortavam a perna sem nenhum tipo de anestesia.
Após tudo desmascarado, o casal concordou em vender a fazenda. Sam desembolsou cerca de R$ 100.000,00 para fechar o lugar e retirar os animais. Sam ainda doou R$ 200.000,00 para uma associação de proteção animal de San Diego cuidar de toda a logística que levará as pequenas chinchilas para lares com amor e respeito, através de processos de adoção.
Sam fez questão de estar no local, mesmo acompanhado de uma enfermeira, já que seu estado de saúde atual inspira cuidados. A reportagem de uma das maiores agências de notícias do mundo, a Reusters, estava presente e perguntou a Sam sobre o motivo de estar ali. “Eu tenho vontade de ajudar os animais. Sobre se faz sentido, financeiramente falando, o dinheiro é meu e eu tenho que fazer o que eu quiser com ele. É um hobby caro que eu peguei no final da minha vida.” – brincou.
Sorrindo, passeou entre as gaiolas falando com as chinchilas: “Hoje é seu último dia de abusos. Hoje é seu primeiro dia de liberdade.” – disse Sam.
Mais de 400 chinchilas foram salvas e mais um grande exemplo foi deixado por este grande homem.
Lisa Simpson certamente está muito orgulhosa.
Assista abaixo o vídeo da PETA sobre o caso (em inglês) | Youtube
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